Cranioestenose (ou craniossinostose) é uma situação onde o crânio da criança não se desenvolve corretamente, provocando deformidade com comprometimento estético e, algumas vezes, aumento da pressão intracraniana (que irei descrever mais abaixo).

A cranioestenose ocorre devido à fusão prematura das suturas cranianas. Um bebê não nasce com um crânio completamente ossificado. O crânio, ao nascimento, é formado por placas ósseas unidas por estruturas fibrosas, denominadas suturas, que permitem que o crânio se adapte para a passagem no canal do parto e também que ele cresça, acompanhando o crescimento cerebral. Se uma ou mais suturas se ossificam antes da hora, não ocorrerá o crescimento craniano adequado, fazendo com que a cabeça fique assimétrica.

O que causa a cranioestenose?

A cranioestenose pode ser de origem genética em até 40% dos casos. Diversas síndromes estão associadas a fechamento prematuro de suturas. A maioria dos casos graves, acometendo diversas suturas do crânio e da face, estão associadas a síndromes genéticas.

Fatores externos como tabagismo e alguns medicamentos também podem causas cranioestenose. Em alguns casos nenhum fator causal pode ser identificado.

O que a cranioestenose pode causar?

Além de um comprometimento estético, a cranioestenose pode provocar sofrimento cerebral por não permitir que crânio cresça junto com o cérebro. A hipertensão intracraniana assim gerada pode provocar dor de cabeça crônica e dificuldades de visão.

A cranioestenose também pode provocar alterações de comportamento e dificuldade de aprendizado. Nos casos mais graves também pode provocar apneia do sono.

É preciso tratar?

Sim, na grande maioria dos casos está indicado o tratamento cirúrgico para a doença.

O que é a plagiocefalia posicional?

A plagiocefalia posicional é uma condição que se assemelha à cranioestenose mas não há fusão prematura da sutura craniana e portanto não necessita de tratamento.

Acontece em bebês que passam muito tempo deitado de barriga para cima, apoiando mais sobre um lado da cabeça que do outro. Este lado ficará mais achatado, causando um aspecto anormal (assimétrico da cabeça).

Trata-se de uma condição benigna que desaparecerá à medida que a criança começar a ficar sentada e a mudar de posição sozinha.